MANUAL DO CITROEN XSARA 2002
Citroën Xsara 2002
O Citroën Xsara 2002 é um marco da presença da marca francesa no mercado brasileiro no início do século. Chegando em sua "Fase 2", com um design reestilizado que lhe conferiu faróis maiores e um visual mais moderno e agressivo, o modelo se destacava por oferecer um pacote de conforto, equipamentos e bom desempenho, especialmente na versão com o motor 1.6 16V, tornando-se uma opção muito competitiva entre os hatches médios da época.
Um Carro à Frente do seu Tempo em Conforto e Equipamentos
Produzido no Mercosul (Uruguai e Argentina), o Xsara 2002 trazia o DNA da Citroën em sua essência: priorizar o conforto e a experiência a bordo. Ele era reconhecido por sua condução suave, excelente estabilidade e um pacote de itens de série que superava muitos de seus concorrentes diretos, como Volkswagen Golf e Fiat Brava.
Para o ano de 2002, o Xsara hatch era predominantemente encontrado no Brasil nas seguintes versões:
GLX 1.6 16V: A versão de maior volume e excelente custo-benefício. Já vinha muito bem equipada de fábrica.
Exclusive 1.6 16V: Adicionava itens de acabamento e conveniência, como rodas de liga leve de design diferenciado e outros detalhes de luxo.
VTS 2.0 16V: A versão esportiva de duas portas, cobiçada pelo desempenho entusiasmante e visual mais arrojado, com um motor mais potente.
Vale ressaltar que a popular minivan Xsara Picasso também era um modelo 2002, mas com projeto e proposta familiar distintos, focada em espaço e versatilidade.
Motorização e Desempenho: O Brilho do 1.6 16V
O grande protagonista do Xsara 2002 no Brasil foi o motor TU5JP4 1.6 16V. Este propulsor a gasolina era moderno para a época e entregava 110 cv de potência e 15 kgfm de torque. O resultado era um carro ágil no trânsito urbano e com fôlego para viagens, capaz de atingir 198 km/h de velocidade máxima e acelerar de 0 a 100 km/h em menos de 10 segundos, números respeitáveis para a categoria.
Transmissão: A maioria das unidades era equipada com um câmbio manual de 5 marchas, conhecido pela precisão nos engates. Havia também a opção do câmbio automático AL4 de 4 marchas, que, apesar de oferecer conforto, tornou-se conhecido por exigir manutenções mais atentas.
A versão esportiva VTS contava com um motor 2.0 16V que gerava cerca de 138 cv, proporcionando uma experiência de condução ainda mais emocionante.
Pontos Fortes:
Custo-Benefício no Mercado de Usados: Oferece um pacote completo por um preço muito atrativo.
Nível de Equipamentos: Ar-condicionado, direção hidráulica, vidros, travas e retrovisores elétricos, freios a disco nas quatro rodas e airbag duplo eram comuns na linha.
Conforto e Estabilidade: A suspensão bem calibrada e o eixo traseiro autodirecional (uma assinatura da marca) garantiam uma excelente dirigibilidade e segurança em curvas.
Desempenho do Motor 1.6: O motor é considerado robusto, elástico e econômico, sendo um dos pontos altos do carro.
Pontos que Exigem Atenção:
Manutenção: Como todo carro francês da época, exige mão de obra que conheça o modelo. A manutenção não é necessariamente cara se forem usadas peças de qualidade e as preventivas forem seguidas, mas pode se tornar um problema em carros negligenciados.
Câmbio Automático AL4: A transmissão automática pode apresentar problemas, como a necessidade de troca das válvulas solenoides. É crucial verificar o histórico de manutenção do câmbio em uma unidade usada.
Suspensão: Embora confortável, a suspensão pode sofrer com as ruas brasileiras. Buchas e bieletas são itens de desgaste comum.
Peças de Acabamento: Encontrar peças específicas de acabamento interno e externo pode ser um desafio hoje em dia, exigindo busca em lojas especializadas ou desmanches.
_000.jpg)
Nenhum comentário:
Postar um comentário