CATÁLOGO DE PEÇAS FORD RANGER 1994/1997 (DOWNLOAD PDF)
Ford Ranger (1994-1997): A Chegada da Americana e a Transição para o Mercosul
O período de 1994 a 1997 marcou a introdução e a primeira grande transformação da Ford Ranger no Brasil. O que começou com a importação de modelos robustos e com um inconfundível estilo norte-americano, rapidamente evoluiu para uma produção regional estratégica, que mudaria para sempre o cenário das picapes médias no país.
A Fase Importada: O Sonho Americano (1994-1997)
Em 1994, a Ford do Brasil iniciou a importação da segunda geração da Ranger, diretamente dos Estados Unidos. A chegada da picape foi uma resposta direta à sua principal concorrente, a Chevrolet S10, que havia estreado no mercado nacional. A Ranger "americana", como ficou conhecida, destacava-se pelo conforto, acabamento superior ao das picapes nacionais da época e pela força de seus motores a gasolina.
As versões importadas traziam o DNA e a variedade do mercado norte-americano:
Motores: Duas opções a gasolina estavam disponíveis. A mais cobiçada era o potente motor Cologne V6 de 4.0 litros, que entregava cerca de 162 cv, fazendo da Ranger uma das picapes mais rápidas do Brasil. Para quem buscava mais economia, havia a opção do motor 2.3 litros de 4 cilindros, com aproximadamente 114 cv.
Versões e Cabines: A linha era diversificada e atendia a diferentes gostos:
XL: Versão de entrada, mais voltada para o trabalho, com acabamento simples, para-choques pretos ou cinzas e rodas de aço.
XLT: Versão intermediária que adicionava itens de conforto e um visual mais caprichado, com detalhes cromados e rodas de liga leve.
STX: A versão com apelo esportivo e de luxo. Oferecida com cabine estendida (um grande diferencial na época), vinha exclusivamente com o motor V6, rodas de alumínio, para-choques na cor da carroceria, faixas decorativas e um interior mais refinado, com bancos individuais e console.
Splash: Uma série especial e rara, com cabine simples, motor V6 e o característico design de caçamba "flareside" (com os para-lamas saltados para fora), além de suspensão rebaixada de fábrica e rodas de alumínio.
Durante esta fase, a Ranger era vista como um produto de nicho, um veículo que aliava a capacidade de carga a um estilo de vida mais aventureiro e esportivo, especialmente nas versões V6.
1997: O Ano da Transição para o Mercosul
O ano de 1997 foi o ponto de virada para a Ranger no Brasil. Para torná-la mais competitiva em preço e volume, e para poder enfrentar a S10 em pé de igualdade, a Ford iniciou a produção da picape em sua fábrica de General Pacheco, na Argentina. Os modelos "argentinos" começaram a abastecer o mercado brasileiro no final daquele ano.
A grande e mais esperada novidade desta transição foi a introdução do motor a diesel. A Ford equipou a Ranger argentina com o conhecido motor Maxion HS de 2.5 litros Turbo Diesel, que produzia 115 cv. Este motor era a peça que faltava para que a Ranger pudesse disputar o valioso mercado de picapes a diesel, essencial para o agronegócio e para frotistas.
Inicialmente, as primeiras unidades fabricadas na Argentina mantiveram o mesmo visual dos modelos americanos que substituíam. A grande reestilização, que traria uma frente com nova grade e faróis, além de uma suspensão mais elevada e robusta, só aconteceria no modelo de 1998.
Portanto, o período de 1994 a 1997 encapsula duas fases distintas da Ford Ranger no Brasil: a primeira, marcada pelo carisma e pela potência das versões americanas a gasolina; e a segunda, no final de 1997, que deu início à sua popularização e consolidação no Mercosul com a estratégica e crucial introdução da motorização a diesel.
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