MANUAL VOLKSWAGEN GOL 2017 (DOWNLOAD PDF)

 

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A Grande Revolução Foi por Dentro

Em 2016, como linha 2017, a Volkswagen apresentou a maior atualização do Gol desde o lançamento da plataforma G5 em 2008. Por fora, ele recebeu um facelift com novos para-choques, faróis e lanternas, que o deixaram com uma aparência mais alinhada ao design global da marca, lembrando o Golf.

Mas a mudança mais significativa e elogiada foi no interior. A VW abandonou o painel antigo e simplista do G5/G6 e introduziu um painel totalmente novo, muito mais sofisticado e com materiais de melhor qualidade. Ele podia vir equipado com centrais multimídia modernas (com espelhamento para celular), o volante era o mesmo do Golf e a percepção de qualidade a bordo melhorou da água para o vinho.

Aqui está o ponto mais importante para nós, mecânicos. O Gol 2017 oferecia duas opções de motor que representavam duas filosofias diferentes da Volkswagen:

Motor 1.0 12V MPI de 3 Cilindros (EA211):

Potência: 75 cv (gasolina) / 82 cv (etanol).

Análise do Mecânico: Esta foi a grande estreia e a melhor notícia. O Gol aposentou o antigo e áspero motor 1.0 de 4 cilindros e adotou o moderníssimo motor de 3 cilindros do Up! e do Fox. É um motor todo em alumínio, com 4 válvulas por cilindro, comando variável e que não utiliza mais o tanquinho para partida a frio. Na prática, é muito mais econômico, vibra menos e é mais silencioso que o anterior. É um motor muito confiável e ágil para o uso urbano. A manutenção é tranquila, mas exige atenção aos prazos da troca da correia dentada, que não é banhada a óleo como em outros motores 3 cilindros.

Motor 1.6 8V MSI (EA111):

Potência: 101 cv (gasolina) / 104 cv (etanol).

Análise do Mecânico: Enquanto a versão 1.0 se modernizou, a 1.6 manteve o "motor de guerra" da Volkswagen, o EA111. Este não é o motor 1.6 16V MSI mais moderno que equipava o Gol Rallye ou a Saveiro Cross. É o bom e velho 8 válvulas, conhecido pela sua robustez, torque em baixa rotação e manutenção extremamente barata e conhecida por qualquer mecânico no Brasil. É um motor que aguenta o tranco, mas em contrapartida é menos refinado e consome mais combustível que os motores 1.6 mais novos.

A linha 2017 era bem estruturada para atender diferentes públicos:

Trendline: A versão de entrada, disponível com motor 1.0 ou 1.6. Era bem básica, mas já vinha com direção hidráulica, vidros elétricos dianteiros e o novo painel.

Comfortline: A intermediária, também com opções 1.0 e 1.6. Adicionava rodas de aço aro 15 com calotas, sistema de som mais completo ou a central multimídia como opcional, e um acabamento interno um pouco mais caprichado.

Highline: A topo de linha, exclusivamente com o motor 1.6. Vinha mais completa, com rodas de liga leve, volante multifuncional, faróis de neblina e a central multimídia mais sofisticada.

Track: Uma versão com apelo aventureiro, sempre com o motor 1.0, suspensão elevada e visual exclusivo.

Uma opção que ainda persistia nas versões 1.6 era o polêmico câmbio automatizado I-Motion, que já estava em fim de carreira e era conhecido pelos seus "trancos" e manutenção mais cara.