MANUAL DA LAMBRETTA 150D E 150 LD (DOWNLOAD PDF)




 MANUAL DA LAMBRETTA 150D E 150 LD (DOWNLOAD PDF) 

Lambretta 150D e 150 LD: As Pioneiras que Motorizaram o Brasil

Nos anos 50, em um Brasil que despertava para a industrialização e o progresso, a chegada da Lambretta representou uma verdadeira revolução na mobilidade urbana. Antes mesmo da indústria automobilística se consolidar, foram as charmosas motonetas da Lambretta do Brasil S.A. Indústrias Mecânicas, sediada em São Paulo, que deram ao brasileiro um novo senso de liberdade. Entre os primeiros e mais icônicos modelos que saíram da primeira fábrica de veículos do país, estavam a espartana 150D e a elegante 150 LD, lançadas a partir de 1955.



Uma Dupla, Duas Propostas: Standard e Luxo

A genialidade da Lambretta ao oferecer os modelos 150D e 150 LD estava em atender a diferentes públicos com a mesma base mecânica confiável. A diferença entre elas era puramente conceitual e estética, mas definia o status e o uso do veículo.



Lambretta 150D (Standard)

A 150D era a versão de entrada, a "pé-de-boi". Sua principal característica era ter o motor e toda a parte mecânica traseira exposta, sem as carenagens laterais. Esse design "pelado" não só reduzia os custos de produção, tornando-a mais acessível, como também facilitava o acesso ao motor para manutenções rápidas. Era a escolha ideal para o trabalho, preferida por frotistas, entregadores e por quem buscava um veículo puramente funcional e econômico.


Lambretta 150 LD (Luxo)

A 150 LD, por sua vez, era o objeto de desejo e o símbolo da elegância sobre duas rodas. A sigla "LD" significava "Lusso Deluxo" (Luxo em italiano). Seu grande diferencial eram as carenagens laterais arredondadas e totalmente fechadas que cobriam o motor. Isso não apenas conferia um visual muito mais sofisticado e limpo, como também protegia as pernas do condutor e do passageiro do calor, da sujeira e da chuva, permitindo um uso social mais amplo. A LD vinha com acabamentos cromados, um painel mais completo com velocímetro e era a imagem do lazer e do estilo de vida moderno da época.



Coração Valente: A Mecânica por Trás do Sucesso

Ambos os modelos compartilhavam o mesmo conjunto mecânico, famoso por sua robustez e pelo som inconfundível do motor dois tempos.

  • Motor: Monocilíndrico, 2 tempos, com 148 cm³, refrigerado a ar forçado por uma ventoinha, o que garantia o bom funcionamento mesmo em baixas velocidades ou no trânsito parado.

  • Potência: Gerava cerca de 6 a 6,5 cv, o que era suficiente para um desempenho ágil na cidade.

  • Transmissão: Câmbio manual de 3 marchas, com acionamento feito diretamente no punho esquerdo, uma característica marcante das motonetas da época.

  • Partida: A partida era dada por um pedal lateral, que exigia certa força e jeito do condutor.

  • Alimentação: A lubrificação do motor era feita pela mistura de óleo 2 tempos diretamente na gasolina, no tanque de combustível.

  • Chassi e Suspensão: Montada sobre um robusto chassi tubular de aço, possuía uma suspensão que, apesar de simples, oferecia mais conforto que muitas motocicletas da época, graças ao baixo centro de gravidade.

  • Rodas: Utilizava rodas pequenas, de aro 8 polegadas, que eram ideais para a agilidade no trânsito urbano.



















































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