MANUAL DO PROPRIETÁRIO ENGESA 4 FASE 2
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Engesa 4 Fase 2 e Seu Manual: Desvendando o DNA de Tanque do Jeep Brasileiro
No panteão dos grandes veículos 4x4 que já rodaram no Brasil, poucos nomes impõem tanto respeito quanto o Engesa 4. Nascido da prancheta de uma das maiores potências da indústria bélica nacional, a Engesa (Engenheiros Especializados S.A.), este não era um jipe comum. Era um veículo civil com DNA militar, projetado com uma robustez que beirava o exagero.
Hoje, vamos mergulhar na história do seu auge, o Engesa 4 Fase 2, e no documento que serve como a pedra fundamental para seus proprietários e restauradores: o seu raro Manual do Proprietário.
O Carro: Um Trator Civil com Coração de Opala
Lançado em meados dos anos 80, o Engesa 4 já se destacava dos concorrentes, como os Jeep Willys e as Toyotas Bandeirante. Enquanto os outros usavam chassis adaptados, a Engesa projetou um chassi próprio, com longarinas retas e uma rigidez estrutural digna de um blindado. A carroceria de fibra de vidro garantia leveza e o fim dos problemas com ferrugem.
A versão Fase 2, lançada por volta de 1989, representou o amadurecimento do projeto. Ele trouxe atualizações estéticas, como a icônica grade dianteira com faróis quadrados, e refinamentos no acabamento interno, tornando-o um pouco mais "civilizado".
Mas o verdadeiro brilhantismo do Engesa estava sob a fibra:
Motorização: O coração do Fase 2 era o confiável motor Chevrolet 151, o famoso 4 cilindros de 2.5 litros do Opala. Disponível a álcool ou gasolina, era um motor torcudo, de manutenção simples e com peças fáceis de encontrar – uma escolha genial.
Transmissão: Geralmente acoplado a um câmbio Clark 240V de 4 marchas e uma caixa de transferência Engesa de 2 velocidades (4x2, 4x4 e 4x4 reduzida), o conjunto era sinônimo de força bruta.
A Suspensão Única: Este era o grande diferencial. Enquanto todos os concorrentes usavam feixes de mola (uma tecnologia de carroça), a Engesa equipou seu jipe com uma suspensão dianteira independente, com braços oscilantes e duas molas helicoidais por lado. O resultado era um conforto de rodagem muito superior no asfalto e uma capacidade de articulação e absorção de impactos no fora de estrada que humilhava a concorrência.
- Produção: O Engesa 4 foi produzido em várias fases, sendo as fases I e II as mais produzidas.
- Motor: O Engesa 4 tinha um motor 4 cilindros em linha, com capacidade de 2.470 cm³, e era alimentado por um carburador de corpo simples.
- Potência: A potência do motor era de 81,5 cv SAE a 4.400 rpm, e o torque era de 17,1 kgfm a 2.500 rpm.
- Câmbio: O câmbio era manual de 5 marchas, com tração 4x4 temporária.
- Dimensões: O Engesa 4 tinha comprimento de 357 cm, largura de 177 cm, altura de 190 cm, entre-eixos de 216 cm e peso de 1.500 kg.
- Pneus: Os pneus eram de aro 16, com medidas 7,5 x 16.
- Robustez: O Engesa 4 era conhecido por sua robustez e capacidade de transpor terrenos acidentados, o que o tornava popular para uso rural e em expedições.
O Manual do Proprietário: O Guia para Dominar a Fera
Se o Engesa 4 é uma lenda, seu manual do proprietário é o mapa do tesouro. Muito mais do que um simples livreto, ele é um documento técnico que reflete a seriedade de uma empresa de engenharia de ponta. Para os felizes proprietários de hoje, ter esse manual é ter acesso direto à palavra final dos seus criadores.
Dentro de suas páginas, encontramos informações cruciais que não se acham em qualquer oficina:
Operação do Sistema 4x4: O manual detalha com precisão o funcionamento e a forma correta de operar a alavanca da tração e da reduzida, ensinando quando e como engatar cada função para não danificar o conjunto.
Plano de Manutenção e Lubrificação: Essencial para um 4x4. O guia mostra todos os pontos de lubrificação do chassi e da suspensão, os tipos de graxa e óleos recomendados e os intervalos de troca para uso severo. Seguir este plano é o segredo da longevidade do Engesa.
Especificações Técnicas: Capacidades de fluidos (óleo do motor, câmbio, diferenciais, caixa de transferência), dados de alinhamento para a suspensão única, folgas e torques de parafusos.
Esquemas Elétricos Básicos: Um guia fundamental para diagnosticar desde uma simples pane nos faróis até problemas mais complexos no sistema de ignição.
Ter o manual do Engesa 4 Fase 2 não é um luxo, é uma necessidade. Ele é a garantia de que a manutenção será feita como os engenheiros da Engesa previram, mantendo viva não só a máquina, mas também um pedaço importante da história da indústria automotiva nacional.
E você, já teve a chance de pilotar um Engesa 4? Ou talvez possua um desses manuais raros? Compartilhe sua experiência nos comentários!
- Produção: O Engesa 4 foi produzido em várias fases, sendo as fases I e II as mais produzidas.
- Motor: O Engesa 4 tinha um motor 4 cilindros em linha, com capacidade de 2.470 cm³, e era alimentado por um carburador de corpo simples.
- Potência: A potência do motor era de 81,5 cv SAE a 4.400 rpm, e o torque era de 17,1 kgfm a 2.500 rpm.
- Câmbio: O câmbio era manual de 5 marchas, com tração 4x4 temporária.
- Dimensões: O Engesa 4 tinha comprimento de 357 cm, largura de 177 cm, altura de 190 cm, entre-eixos de 216 cm e peso de 1.500 kg.
- Pneus: Os pneus eram de aro 16, com medidas 7,5 x 16.
- Robustez: O Engesa 4 era conhecido por sua robustez e capacidade de transpor terrenos acidentados, o que o tornava popular para uso rural e em expedições.
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