CATÁLOGO DE PEÇAS CHEVROLET CHEVETTE 1973 / 1984 (DOWNLOAD PDF)
Chevrolet Chevette (1973-1984): A Década de Ouro do Pequeno Gigante da GM
Entre 1973 e 1984, o Chevrolet Chevette não foi apenas um carro; foi um fenômeno que redefiniu o mercado automotivo brasileiro. Lançado como um projeto moderno e global, ele cresceu, diversificou-se e conquistou o país, tornando-se o carro mais vendido do Brasil em 1983. Esta foi a década em que um pequeno sedã de tração traseira se transformou em uma família completa, marcando a vida de milhões de brasileiros com sua robustez e carisma.
O Lançamento e a Era "Tubarão" (1973-1977)
Em abril de 1973, a General Motors do Brasil apresentava ao país um carro que mudaria as regras do jogo. O Chevette, baseado na plataforma "T" global da Opel alemã, foi lançado aqui antes mesmo de chegar à Europa. Chegou como um sedã de duas portas, com linhas limpas, um leve abaulado na linha de cintura e faróis redondos simples, características que lhe renderam o apelido de "Tubarão".
À frente de seu tempo, o Chevette trazia itens de segurança inéditos para um carro de sua categoria no Brasil, como a coluna de direção não-penetrante (que não invadia a cabine em caso de colisão) e o pisca-alerta. Seu motor 1.4 a gasolina de 68 cv, montado em posição longitudinal, e a tração traseira garantiam uma condução ágil e divertida. Seus principais concorrentes na época eram o VW Fusca, a recém-lançada Brasília e o Ford Corcel.
Neste período, surgiram as primeiras variações de acabamento, como a luxuosa SL em 1976, e a icônica versão esportiva GP (Grand Prix), com suas faixas pretas e faróis de neblina, que embora não tivesse alterações mecânicas, capitalizava sobre o apelo esportivo do modelo.
A Primeira Evolução e o Crescimento da Família (1978-1982)
Em 1978, o Chevette recebeu sua primeira grande reestilização. A dianteira foi totalmente redesenhada, adotando um visual mais retilíneo e uma grade bipartida, alinhada com o design global da GM. A traseira, no entanto, manteve as lanternas horizontais do modelo "Tubarão".
O grande salto veio com a expansão da linha. Em 1980, a família cresceu com a chegada de duas novas e aguardadas versões:
Chevette Hatch: Com um design traseiro arrojado e prático, o Hatch mirava o público jovem e rapidamente se tornou um sucesso.
Chevette Marajó: A versão station wagon (perua) trazia o espaço e a versatilidade que as famílias brasileiras desejavam, competindo diretamente com a VW Variant II e a Ford Belina.
A motorização também evoluiu. Em 1980, surgiu a opção do motor 1.4 a álcool. No ano seguinte, em 1981, o esportivo Chevette S/R estreou o aguardado motor 1.6 de 76 cv, mais potente, além de um visual exclusivo com faixas em dégradé e aerofólio. No mesmo ano, toda a linha passou a adotar faróis quadrados, modernizando seu visual.
O Auge: A Grande Mudança e a Liderança de Mercado (1983-1984)
O ano de 1983 foi o mais importante da história do Chevette. O carro passou por sua mais profunda reestilização, ganhando uma frente totalmente nova, em cunha e com faróis retangulares, inspirada no recém-lançado Monza. A traseira também foi modernizada, com lanternas maiores e um design mais limpo e elegante.
Com o novo visual, o motor 1.6 (a gasolina ou a álcool) passou a equipar todas as versões, e o câmbio de 5 marchas tornou-se um item de série, melhorando o desempenho e a economia. O resultado foi imediato: com 85.984 unidades vendidas, o Chevette tornou-se o carro mais vendido do Brasil em 1983.
Para coroar o sucesso, a família ficou completa com o lançamento da picape Chevy 500 no final de 1983, já como modelo 1984. Com capacidade de carga de 500 kg e a valente tração traseira, a picape leve da Chevrolet tornou-se um sucesso no campo e na cidade, competindo com a Fiat Fiorino (hoje City) e a VW Saveiro.
Em 1984, já consolidado como líder, o Chevette ainda trouxe mais uma inovação para o segmento de compactos: a opção de um câmbio automático de 3 marchas, um luxo até então reservado a carros maiores e mais caros.
Neste período de ouro, o Chevette não apenas liderou o mercado, mas também se consolidou como um carro robusto, de mecânica confiável e com uma família completa de modelos que atendia a todas as necessidades, do trabalho ao lazer, escrevendo um dos capítulos mais importantes da indústria automobilística brasileira.
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