FOLDER CHEVROLET BONANZA




 

FOLDER CHEVROLET BONANZA


Chevrolet Bonanza: O Gigante Raiz de Duas Portas do Brasil

Um ícone de robustez e exclusividade da década de 1990, a Chevrolet Bonanza marcou o mercado brasileiro como um utilitário esportivo de grande porte e design único. Derivada da consagrada linha de picapes da Série 20, a Bonanza era, em essência, uma versão mais curta e com duas portas da famosa Veraneio, oferecendo força, espaço e um estilo que até hoje chama a atenção por onde passa.





Origem e Lançamento

Lançada oficialmente em 1989, a Bonanza surgiu para preencher uma lacuna no mercado de utilitários. A General Motors se inspirou em projetos de transformadoras independentes, como a Brasinca, que já criavam versões encurtadas de picapes. A GM decidiu então produzir seu próprio modelo de fábrica, utilizando o resistente chassi de longarinas da picape D20, porém encurtado em 20 centímetros.

Essa alteração no entre-eixos, combinada com a carroceria de apenas duas portas, conferiu ao modelo uma personalidade única e uma aparência imponente, que lembrava utilitários americanos como o Ford Bronco da época.





Design e Interior

O visual da Bonanza era idêntico ao das picapes da Série 20 na dianteira, com suas linhas retas, faróis retangulares e uma grade plástica proeminente. A traseira, com suas lanternas verticais e o amplo porta-malas, completava o conjunto harmônico e funcional. Em 1993, o modelo recebeu sua única reestilização, ganhando uma nova frente com faróis duplos e uma grade redesenhada, modernizando suas linhas.

Internamente, o grande destaque era o generoso espaço, capaz de acomodar confortavelmente até cinco passageiros. O painel, de linhas retas e funcionais, era completo e voltado para o motorista. O acabamento era superior ao das picapes de trabalho, com bancos mais confortáveis e revestimentos de melhor qualidade, especialmente nas versões mais equipadas, como a Custom De Luxe, que podia contar com ar-condicionado, direção hidráulica, vidros e travas elétricas.




Motorização e Desempenho

A força bruta era uma das principais características da Bonanza, que foi oferecida com algumas das motorizações mais confiáveis da Chevrolet na época:

Chevrolet 4.1L (250): O tradicional e aclamado motor de seis cilindros em linha, derivado do Opala, estava disponível em versões a gasolina e a álcool. Entregava torque abundante em baixas rotações, ideal para um veículo de seu porte.

Motores a Diesel: Inicialmente, a opção diesel era o motor Perkins Q20B. Posteriormente, foi substituído pelo moderno e eficiente Maxion S4, um quatro cilindros de 4.0 litros, que foi oferecido tanto em versão aspirada quanto turboalimentada (S4T). A versão turbo, em particular, era muito apreciada pelo bom torque de 37,5 kgfm.

A tração era sempre traseira e o câmbio, manual de cinco marchas. A suspensão dianteira era independente, com molas helicoidais, o que garantia um nível de conforto superior ao de muitas picapes da época, enquanto a traseira utilizava o robusto eixo rígido com feixe de molas.





Vida Curta e Legado de Exclusividade

Apesar de suas qualidades, a Chevrolet Bonanza teve uma produção relativamente curta, sendo fabricada de 1989 a 1994. A abertura das importações no início da década de 1990 trouxe novos concorrentes, mais modernos e tecnológicos, o que acabou impactando suas vendas.

Com uma produção total que não chegou a 4.000 unidades, a Bonanza é hoje um veículo raro e cultuado por colecionadores e entusiastas. Ela representa uma era em que os utilitários esportivos eram sinônimos de força, durabilidade e uma mecânica simples e confiável, deixando um legado como um dos "SUVs raiz" mais emblemáticos já produzidos no Brasil.







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