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MANUAL DO VOLKSWAGEN FUSCA 1960

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O Início da Produção Nacional

O ano de 1960 foi apenas o segundo ano em que o Fusca foi produzido com um alto índice de nacionalização (quase 100%) na fábrica de São Bernardo do Campo (SP). Antes disso, ele era apenas montado aqui com peças vindas da Alemanha (processo CKD). Ou seja, o Fusca '60 é um dos primeiros "puro-sangue" brasileiros, um símbolo do plano de metas do presidente Juscelino Kubitschek e da industrialização do nosso país.


Análise Mecânica: A Simplicidade que Conquistou o Brasil

A mecânica do Fusca 1960 é a definição de simplicidade e robustez. Era um projeto feito para aguentar as estradas e ruas precárias da época, e para ser consertado por qualquer mecânico com um jogo de chaves e um pouco de boa vontade.

Motor: O coração era o famoso motor Boxer de 4 cilindros opostos, refrigerado a ar, com 1200cc (1.2L).

Potência: Entregava cerca de 36 cv. Parece pouco hoje, mas para um carro que pesava cerca de 730 kg, era o suficiente para levar a família brasileira para todo canto.

Refrigeração a Ar: Essa era a grande genialidade. Sem radiador, sem mangueiras, sem bomba d'água, o risco de superaquecer por vazamento de líquido era zero. Era um motor que aguentava o calor do nosso Ceará sem reclamar.

Confiabilidade: É um motor que, se bem cuidado, dura para sempre. A manutenção era (e é) barata e as peças fáceis de encontrar.



Sistema Elétrico de 6 Volts: Este é um ponto crucial e um charme do modelo 1960. O sistema elétrico ainda era de 6 volts.

Na prática: Isso significa que os faróis eram mais fracos (uma luz amarelada, bem característica), a partida era mais lenta e o sistema era mais sensível a uma bateria com pouca carga. Muitos donos, ao longo dos anos, modernizaram seus carros para 12 volts, então encontrar um 1960 ainda com o sistema 6V original é um sinal de grande originalidade.

Câmbio e Suspensão:

Suspensão: Por barras de torção, tanto na dianteira quanto na traseira. Uma suspensão extremamente robusta, feita para aguentar o tranco das estradas de terra. A manutenção principal era a lubrificação periódica dos pinos de embuchamento na dianteira.

Câmbio: Manual de 4 marchas. A primeira marcha não era sincronizada (era a famosa "primeira seca"). Era preciso parar o carro completamente para engatá-la sem arranhar, ou ter a manha de fazer o "duplo debrear".


Características Únicas do Fusca 1960: Os Detalhes que Apaixonam

Reconhecer um Fusca 1960 é para quem tem olho treinado. São os pequenos detalhes que o separam dos modelos posteriores e que fazem os colecionadores suspirarem:

Seta "Bananinha": O item mais icônico. A luz de seta não era um pisca-pisca na ponta do para-lama, mas sim uma haste que se levantava na coluna da porta, parecendo uma pequena banana. É conhecida como "seta de suicida".

Vidro Traseiro Pequeno: O vigia traseiro ainda era o pequeno, o que limita um pouco a visibilidade, mas é uma característica marcante dos modelos mais antigos.

Volante "Cálice": Com o aro do acionador da buzina em formato de "chifre" ou meia-lua.

Teto Solar de Lona (Opcional "Ragtop"): O sonho de consumo. Era um opcional de fábrica raríssimo que consistia em um enorme teto solar de lona que se abria, deixando o carro quase conversível.

Sem Marcador de Combustível: No lugar, havia uma pequena alavanca perto do pedal do acelerador. Quando o motor começava a falhar por falta de gasolina, o motorista pisava nessa alavanca com o pé e liberava uma reserva de 5 litros. Era um sistema totalmente mecânico e à prova de falhas.





















































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